O Violão Brasileiro na Itália

Felizmente parece ultrapassada a dificuldade – linguística e metodológica – de adaptar a expressão Violão Brasileiro- Chitarra Brasiliana – para designar o já conhecido estilo violonístico.
Tive o privilégio e a sorte de compartilhar a entrevista que eu fiz em 2005 ao violonista carioca, o virtuose Irio de Paula, que considero idealmente o meu mestre, como também o mestre de várias gerações de músicos na Europa.
A história dele na Itália junto com o renome de embaixador da grande música do Brasil desde 1971 até hoje em dia – pois repousa em paz desde 2017- faz parte do alto valor artístico e pedagógico do violão brasileiro, imagem do país da América latina com a maior afinidade com a Itália.

Uma história sincrética para antonomásia, ponto de encontro do violão popular ibérico – já por si ponta do iceberg de séculos de sincretismo etno-musical – com a nova cara do violão, instrumento que surgiu no final do século XX, mas transfigurada no Brasil pelo ritmo percussivo, pervasivo e ipnótico dos tambores e das danças africanas.